Fausta
Há tempos Viviana não fazia sexo.
Naquela madrugada ela havia perdido o sono. Ainda revirou-se em sua enorme cama de casal de um lado para o outro por um longo tempo na vã ilusão de que o recuperaria.
Exausta pela frustrada tentativa, levantou-se e foi até o PC que ficava numa mesa apropriada, próxima aos pés de sua cama.
Olhou para a porta fechada do seu quarto e sorriu.
Ligou o PC, conectou-se na internet, entrou numa sala de bate-papo>sexo>heterossexual.
Seu nick "Garanhona" em cor roxa foi logo percebido pelo nick "Flor de Homem" de cor rosa. E assim iniciaram uma caliente conversa.
Garanhona mostrou-se dona da situação e totalmente sensual e desinibida;
Flor de Homem, a ponto de explodir, quis ser invadido por aquele furacão de mulher, visto que mostrou-se carinhoso e submisso diante da experiente Garanhona.
Os excitados minutos em que passaram conversexuando foram suficientes para trocarem msn, com os mesmos "nicks de guerra".
Fizeram sexo virtual de todas as formas possíveis e Flor de Homem deciddiu que já era hora de ver aquela delícia de mulher:
-Você tem cam? - Perguntou aflito.
-Não, não tenho.
-Tem sim. Aqui acusa que você tem. Deixe eu te ver...
Doida de tesão, Garanhona pede um tempinho, posiciona a cam, de forma a dar para ver sua cama, põe uma música, digita algumas indecências, liga a cam e sobe na cama para fazer um striptease.

Flor de Homem some do msn.

Viviana se assusta ao ver a porta de seu quarto aberta e seu marido a adentrar-se nu e completamente ereto. Ele, que estava no PC da sala, havia reconhecido o ambiente de seu próprio quarto e a sua esposa.
Ele sobe na cama onde está uma Viviana perplexa de vergonha.
Flor de Homem deita excitadamente a Garanhona na cama e fazem sexo como há muito não faziam.
E, dali em diante, Garanhona e Flor de Homem passam a encontrar-se todas as noites num caso ardentemente forte.
Enquanto que Viviana e seu marido nada sabem...

Fausta Moreira (13/11/2011)

E 'Tava Escrito - Fausta - Sacerdotisa de Sapho
Fausta
Uma música que escrevi... rsrs

Silêncio

O que dizer do som que ouço
Quando não dizem nada?
Será que vem por pensamento?
Será que é voz da lembrança?
Sei entender quando calar é mais forte
do que o som de qualquer voz

Uma lembrança, um eco
Na voz que o pensamento faz
Fico calada
pois falo mais com você nessa hora
Quando ir embora é ficar, dormir é acordar,
e calar é falar...
Porque silêncio às vezes também é voz

Vou ouvindo a voz do silêncio
E ouço você dentro da voz que ele traz
Vou ouvindo a voz do silêncio
Assim te escuto
É pura paz

Porque silêncio às vezes também é voz...

(Fausta - 17/10/2011)

E 'Tava Escrito - Fausta - Sacerdotisa de Sapho
Fausta
Há tempos entrei no decepcionante mundo dos adultos, mas tenho a alegria de poder visitar o universo das crianças quando quero; sempre quero.
As crianças, seres ainda puros, porém honestos em sua essência, são capazes de brincar com crianças sem dedo, sem mão, sem braço, sem pé, sem perna, especiais, com pé grande, nariz achatado, cabelo pra cima, boca pro lado... E sabe o que elas veem? Companhia. Um companheiro para as suas brincadeiras, um amigo.
A criança não fica lembrando para pessoas "diferentes" que elas são diferentes. Pois nem veem isso. O adulto chama a atenção para esse fato toda vez que fala algo do tipo "aquele seu amigo que tem um olho só fez isso ou aquilo", quando a criança só tinha visto o amigo.
E assim, o maldoso adulto-preconceituoso vai disseminando sua ira sobre as pessoas, suas frustrações, seus medos, sempre procurando por algo que julgue pior do que ele mesmo para poder apontar.
A criança vive num mundo onde os meninos de rosa e as meninas de azul são aceitos em suas brincadeiras. Ainda não existe o preconceito; Até que a "morte" vem e os separa. A morte da qual falo é quando a inocência da criança é roubada e tomada por conceitos preconceituosos que, erradamente, a obriga a reparar, por exemplo, que o menino de rosa devia usar azul... e daí ela passa a olhar para isso porque alguém falou para ela reparar. E tudo vira um problema. E a roupa rosa do menino, que antes passava despercebida até por ele mesmo, agora tem sua cor acentuada, "pre-conceituada". E muitos riem. E começam a rir também do pé torto da menina, do silêncio do primeiro da fila na sala de aula, da falta de beleza física (no gosto deles), de outros.
Ora, que pátria é essa que permite esse tipo de coisa?
Que mundo é esse que trata com (in)diferença o que não é capaz de entender?
Quem concedeu o direito para que alguém interfira no mundo de outro alguém e queira mudar, matar ou simplesmente humilhar esse alguém?
Ninguém.
Ninguém concedeu o direito.
Mas aí é tarde. Pois as horas da infância passaram e, agora, o jovem sofrendo, faz sofrer. Digo sofrendo porque alguém que tem coragem de ferir a integridade de outra pessoa é alguém que sofre do pior mal que já existiu...
Quando o preconceito grita, sai de você e está atingindo diretamente outra pessoa, é hora de você se perguntar o por quê disso tudo. Procurar. Está em você a resposta.
Seja livre. Todo mundo quer ser livre.
O preconceituoso, o maldoso, está preso numa jaula apertada, mas tem a chave nas próprias mãos.
Abra. Saia. Não aponte o que você pensa ser defeito em outra pessoa. A outra pessoa tem sentimentos. A outra pessoa está fora da jaula e você a quer prender.
Para quê?
Saia da sua jaula. Deixe que a vida de todos aconteça como tem de ser. Viva a sua.
A diversidade existe e sempre existirá, quer você queira ou não. Existia antes de você e continuará existindo quando você for embora.
Você não pode mudar as pessoas. Mas pode mudar a si mesmo.
Olho para as crianças e penso, com tristeza, que elas nasceram puras e "precisam" ser orientadas por alguém para crescerem como verdadeiras cidadãs. Mas, quem está orientando as crianças?
Você?
Penso que precisávamos ensinar para as crianças o que deveríamos aprender com elas.
Não sabe do que estou falando? Visite por pelo menos um dia o mundo de uma inocente criança.
TODOS NÓS SOMOS ACEITOS NO MUNDO DA CRIANÇA. Observe este pequeno-grande-mundo do qual falo. Aprenda com ele. E também nunca entenderá por que que o adulto não conservou o sentimento de igualdade.
No mundo da criança não existem preconceitos porque não existem diferenças.
Quem vê diferença é você.
Sabe essa mão do preconceito que você tantas vezes usa para agredir os outros? Pois é. Provavelmente também falta-lhe um dedo nela. Os outros adultos verão isso, até pela marca que ela deixa... Mas a criança, esta jamais verá.
Livre-se dessa educação que te tirou a igualdade.
Eduque-se, apartir de agora, como uma criança antes de ter sido educada por adultos (por tipos preconceituosos de adultos), e a vida de todos será simples como montar uma casinha para brincar;
Uma casinha com filhos de todas as raças e reinos. (28/11/2010)

E 'Tava Escrito - Fausta - Sacerdotisa de Sapho

?
Fausta
O que fazer antes de pensar?
Pensar ou fazer?
Fausta


Ontem foi o aniversário do Marcello. Assistimos filmes e compramos vinho para comemorar. Estávamos preparando comida no forno para jantar.
Temos três gatos: Myke, Kibbe, Salém e Estephanie (que escolheu a mim, Marcello e Naluh para sermos seus pais a pouco mais de dois meses).
Pois bem... Uma casa com três gatos e uma gata = filhotes!!! Esperávamos seus filhotes para o final de outubro, porém ela e sua natureza resolveram dar um presente de aniversário para o papai (vovô): Tivemos a grande honra de assistir ao seu parto - lindos 4 bebês!
Filmamos cada momento. Cada bebezinho que nascia nos enchia de satisfação...
Ficamos mt orgulhosos da Estephanie, pq ela sabia td o que tinha que fazer (A gente estava acompanhando/lendo num site o passo a passo, preparados para o momento em que precisaríamos ajuda-la, mas ela nos surpreendeu... Tão pequenininha, tão responsável!!!!)
Fez td sozinha sob nossos olhares atentos.
Agradeço muito ao Criador por esse momento que pude presenciar...
Vieram cheios de saúde e vida.
Já miam.
Já procuram o mamá.
Vamos por o vídeo no you tube!!!!
;)))

E 'Tava Escrito - Fausta - Sacerdotisa de Sapho
Fausta
Acho este texto muito bom, lindo.
Já o conheço há algum tempo, mas folheando um livro didático, ontem, o reencontrei e resolvi posta-lo. É um estímulo para essa classe tão desvalorizada e, até, esquecida...

Eu sou um Professor.
Nasci no primeiro momento em que uma pergunta saltou da boca de uma criança.
Tenho sido muitas pessoas em muitos lugares.
Sou Sócrates, estimulando a juventude de Atenas para descobrir novas idéias usando perguntas.
Sou Anne Sullivan, tamborilando os segredos do universo sobre a mão estendida de Helen Keller.
Sou Esopo e Hans Christian Andersen, revelando a verdade por meio de muitas, muitas estórias.
Sou Darcy Ribeiro, construindo uma universidade a partir do nada no planalto brasileiro.
Sou Ayrton Senna, transformando a fama de herói esportista em recursos para educar crianças em seu país.
Sou Anísio Teixeira, na sua luta de democratização da educação para que todas as crianças brasileiras tenham acesso à Escola.
Os nomes daqueles que exerceram minha Profissão constituem uma galeria notável para a humanidade: Buda, Paulo Freire, Confúcio, Montessori, Emília Ferreiro, Moisés, Jesus.
Eu sou também aqueles nomes e rostos que já foram esquecidos, mas cujas lições e cujo caráter serão para sempre lembrados nas realizações dos que educaram.
Já chorei de alegria em casamentos de ex-alunos, ri de felicidade pelo nascimento de seus filhos e me quedei de cabeça baixa, em dor e confusão, junto a sepulturas cavadas cedo demais para corpos jovens demais.
No decorrer de um dia já fui chamado para ser artista, amigo, enfermeiro, médico, treinador; tive de encontrar objetos perdidos, emprestar dinheiro, fui motorista de táxi, psicólogo, substituto de pai e mãe, vendedor, político e guardião da fé.
Apesar de mapas, gráficos, fórmulas, verbos, histórias e livros, na verdade não tive nada a ensinar aos meus alunos porque o que eles de fato têm de aprender é quem eles são. E eu sei que é preciso um mundo para ensinar a uma pessoa quem ela é.
Eu sou um paradoxo. Quanto mais escuto, mais alta se faz ouvir a minha voz. Quanto mais estou disposto a receber com simpatia o que vem de meus alunos, mais tenho a oferecer-lhes.
Riqueza material não faz parte dos meus objetivos, mas eu sou um caçador de tesouros, dedicado em tempo integral à procura de novas oportunidades para meus alunos usarem seus talentos e buscando sempre descobrir seu potencial, às vezes enterrado sob osentimento do fracasso.
Sou o mais afortunado dos trabalhadores.
Um médico pode trazer uma vida ao mundo num só momento mágico. A mim é dado cuidar que a vida renasça a cada dia com novas perguntas, melhores idéias e amizades mais sólidas.
Um arquiteto sabe que, se construir com cuidado, sua estrutura pode durar séculos. Um Professor sabe que, se construir com amor de verdade, sua obra com certeza durará para sempre.
Sou um guerreiro que luta todos os dias contra a pressão de colegas, a negatividade, o medo, o conformismo, o preconceito, a ignorância e a apatia. Mas tenho grandes aliados: a inteligência, a curiosidade, o apoio dos pais, a individualidade, a criatividade, a fé, o amor, o riso. Todos vêm reforçar minha trincheira.
E a quem devo agradecer pela vida maravilhosa que tenho senão a vocês, pais me honraram ao confiar seus filhos, que são sua maior contribuição para a eternidade.
E assim tenho um passado rico em recordações. Tenho um presente desafiador, cheio de aventuras e alegrias, porque me é dado passar todos os meus dias com o futuro.
Sou um Professor... e agradeço a Deus por isso, todos os dias.


Texto de John W. Schlatter (ex-professor americano), traduzido por Tatiana Belinky e adaptado por Guiomar Namo de Mello

E 'Tava Escrito - Fausta - Sacerdotisa de Sapho
Fausta
Ontem eu, Marcello e Naluh fomos a um shopping de Niterói onde aguardávamos a chegada de uma outra pessoa. Marcamos na praça de alimentação. Como a amiga estava demorando e não queríamos ficar ocupando mesa sem consumir nada, pedimos a um garçon que nos abordou, uma garrafa de água mineral com gás...
Quando a colega que estávamos esperando chegou, sem saber que tínhamos sido atendidos por um garçon, fez um pedido a um outro garçon (que sempre a atende neste local). Isso deu uma briga horrenda... O primeiro garçon foi até a nossa mesa tirar satisfações com o segundo enquanto este nos servia...
Foi impressionante! Era só o segundo passar pelo primeiro que a briga (ataque verbal) se reestabelecia...
Apesar do fato desagradável, isso nos mostra e reafirma a cada dia o quanto o brasileiro está lutando por cada centavo, por cada merreca.
Os que têm esta possibilidade (como os garçons), tentam aumentar em alguns centavos os seus salários de merda e já a convivência em equipe não faz a mínima diferença nesta guerra de moedas. Não importa se vc é amigo, se o ambiente de trabalho é bom ou se um pode contar com o outro... Não existe mais a paciência nem o bom senso para resolver questões do dia-a-dia... É uma questão de dinheiro. E como disse, é uma guerra de moedas e quem catar mais é rei.
Viva os salários dos políticos FDP!!!!